quarta-feira, 7 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
AFONSO EDUARDO REIDY
"AFONSO EDUARDO REIDY”.
Afonso Reidy (1909 – 1964), Arquiteto brasileiro nascido em Paris, foi considerado um dos pioneiros na introdução da arquitetura moderna no país. Formou-se arquiteto na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, considerado de idéias arrojadas, de grande liberdade estrutural e formal, começou a se distinguir no período pós-revolução (1930). Obteve o primeiro prêmio da Exposição Internacional de Arquitetura da I Bienal de São Paulo (1951). Influenciado pelas idéias de Le Corbusier, projetou o edifício da polícia municipal (1935), e fez parte da equipe de arquitetos que no fim da década projetou o edifício-sede do recém-criado Ministério de Educação e da Saúde, junto de Oscar Niemeyer, sob a direção de Lúcio Costa e com a colaboração de Le Corbusier.
Ao contrário de muitos arquitetos modernos da segunda ou terceira geração, para Reidy o diálogo com a cidade tradicional era sempre um aspecto fundamental do processo criativo, não apenas quando projetava no casco histórico do Rio de Janeiro, mas também quando tinha que criar uma nova condição urbana em áreas periféricas da cidade.
As características evolutiva, relacional e urbana da obra de Reidy são lições que deveriam ser bem estudadas por aqueles preocupados em recuperar o bom nível geral que a arquitetura brasileira apresentava até a década de 1960. Elas aparecem com clareza nos dois principais conjuntos residenciais que ele projetou, Pedregulho e Marquês de São Vicente. Embora o primeiro, de 1946, seja muito mais conhecido (talvez porque foi o único construído na sua totalidade), o segundo, de 1952, apresenta uma evolução considerável em relação ao Pedregulho, pois pela maior proximidade dos seus componentes logra criar espaços abertos com maior definição espacial, criando uma versão moderna dos espaços abertos da cidade tradicional.
Talvez não seja arriscado afirmar que Reidy atingiu tal domínio da escala urbana porque todos os problemas arquitetônicos eram abordados com as mesmas ferramentas projetuais. Ou seja, um interior, uma casa ou um conjunto habitacional era visto como problemas análogos que requeriam igualmente uma estrutura formal, por constituírem apenas diferentes escalas de um mesmo problema.
As características evolutiva, relacional e urbana da obra de Reidy são lições que deveriam ser bem estudadas por aqueles preocupados em recuperar o bom nível geral que a arquitetura brasileira apresentava até a década de 1960. Elas aparecem com clareza nos dois principais conjuntos residenciais que ele projetou, Pedregulho e Marquês de São Vicente. Embora o primeiro, de 1946, seja muito mais conhecido (talvez porque foi o único construído na sua totalidade), o segundo, de 1952, apresenta uma evolução considerável em relação ao Pedregulho, pois pela maior proximidade dos seus componentes logra criar espaços abertos com maior definição espacial, criando uma versão moderna dos espaços abertos da cidade tradicional.
Talvez não seja arriscado afirmar que Reidy atingiu tal domínio da escala urbana porque todos os problemas arquitetônicos eram abordados com as mesmas ferramentas projetuais. Ou seja, um interior, uma casa ou um conjunto habitacional era visto como problemas análogos que requeriam igualmente uma estrutura formal, por constituírem apenas diferentes escalas de um mesmo problema.
Também é evidente a presença de um número de estruturas formais derivadas de Le Corbusier como, por exemplo:
* O esquema Pavilhão Suíço: uma placa de vários pisos que abriga a parte repetitiva de um programa, acompanhada de um corpo mais baixo, de configuração simples ou complexa, que abriga os componentes especiais do programa (empregado por Reidy no projeto para a Prefeitura do Rio de Janeiro);
* A torre tripartida, de planta retangular ou hexagonal, com elementos especiais na planta baixa e na cobertura (presente no projeto para a Viação Férrea do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre);
* O edifício linear curvo, talvez derivado do projeto de Le Corbusier para o Rio de Janeiro, e evidente nos conjuntos do Pedregulho e Marquês de São Vicente;
* Solução seccional para terrenos em declive, com um pilotis no nível da rua e vários andares abaixo e acima dele, utilizado também nos dois conjuntos citados acima, e originado no arranha-céu que Le Corbusier projetou para Argel.
* O esquema Pavilhão Suíço: uma placa de vários pisos que abriga a parte repetitiva de um programa, acompanhada de um corpo mais baixo, de configuração simples ou complexa, que abriga os componentes especiais do programa (empregado por Reidy no projeto para a Prefeitura do Rio de Janeiro);
* A torre tripartida, de planta retangular ou hexagonal, com elementos especiais na planta baixa e na cobertura (presente no projeto para a Viação Férrea do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre);
* O edifício linear curvo, talvez derivado do projeto de Le Corbusier para o Rio de Janeiro, e evidente nos conjuntos do Pedregulho e Marquês de São Vicente;
* Solução seccional para terrenos em declive, com um pilotis no nível da rua e vários andares abaixo e acima dele, utilizado também nos dois conjuntos citados acima, e originado no arranha-céu que Le Corbusier projetou para Argel.
CONJUNTO RESIDENCIAL MARQUÊS DE SÃO VICENTE, RJ, 1952. EM CORTE
CONJUNTO RESIDENCIAL MARQUÊS DE SÃO VICENTE, RJ, 1952.
Responsável por grandes obras de urbanização, entre elas o Museu de Arte Moderna, construído no Rio de Janeiro (1954-1959), Elaboração do projeto do Parque do Aterro do Flamengo (1962). Elaboração do projeto do Teatro popular do bairro Marechal Hermes e a casa de Carmem Portinho (1950), Construção do Colégio Paraguai- Brasil (1952). Projeto do prédio da Prefeitura do Distrito Federal –RJ (1932).
Obras Comentadas:
Obras Comentadas:
1)
Conjunto Pedregulho, 1948, RJ.
Construído no Morro do Pedregulho em São Cristóvão, Rio de Janeiro, destinou-se a atender à demanda habitacional de funcionários públicos do Estado. Um projeto moderno e social. É constituído por sete edifícios: três residenciais, quatro de serviço e áreas de lazer e piscina. O projeto mostra a preocupação com o homem, já no final dos anos 40.
Afonso Eduardo Reidy defendia que “habitar não se resume à vida no interior de uma casa”, propondo a composição entre moradia e o espaço externo, promovendo a instalação de serviços complementares às famílias na mesma área dos edifícios residenciais. A Obra contou com técnicas de engenharia avançados para a época.
Construído no Morro do Pedregulho em São Cristóvão, Rio de Janeiro, destinou-se a atender à demanda habitacional de funcionários públicos do Estado. Um projeto moderno e social. É constituído por sete edifícios: três residenciais, quatro de serviço e áreas de lazer e piscina. O projeto mostra a preocupação com o homem, já no final dos anos 40.
Afonso Eduardo Reidy defendia que “habitar não se resume à vida no interior de uma casa”, propondo a composição entre moradia e o espaço externo, promovendo a instalação de serviços complementares às famílias na mesma área dos edifícios residenciais. A Obra contou com técnicas de engenharia avançados para a época.
2)
MAM – Museu de arte moderna, 1953, RJ
Construído à beira da Baía de Guanabara, de concepção estrutural arrojada marca as bases do brutalismo arquitetônico no Brasil, sendo a primeira obra em concreto aparente no Brasil. O prédio destaca-se pelo emprego de estruturas vazadas e pela integração com o seu entorno. O projeto do MAM foi concebido como um espaço que ajudasse o homem a desenvolver a sensibilidade do homem comum, um “museu – escola” voltada para a formação de produção artística integrada a indústria e a tecnologia.
3)
Aterro do flamengo, 1962 RJ.
O Aterro do Flamengo é concebido dentro de uma série de iniciativas que visam resolver o problema viário no Rio de Janeiro. Entre 1950 e 1960, a cidade conhece explosão metropolitana significativa, alimentada por intensos fluxos migratórios. O parque, que tem 7 quilômetros de extensão, inclui jardins para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (1956), além de incorporar a já existente praça Salgado Filho, em frente ao aeroporto. A ampla área ajardinada integra o centro à zona sul da cidade por vias expressas, compreendendo ainda uma praia artificial de 1.500 metros de extensão, uma pista de aeromodelismo, quadras esportivas, campos de futebol, playgrounds e tanque para nautimodelismo. Com o pensamento moderno de Reidy, o parque criou uma nova paisagem democratizando o espaço publico. Um lugar com a escala compatível coma a grande metrópole que é o Rio de Janeiro,
Referencias:
http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc238/mc238.asp ACESSO EM 26/09/2009
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1663&cd_idioma=28555 ACESSO EM 26/09/2009
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/AfonEdRe.html ACESSO EM 26/09/2009
www.rioquepassou.com.br/andredecourt/wp-conte. ACESSO EM 26/09/2009
http://www.arquibacana.com.br/ ACESSO EM 26/09/2009
Referencias:
http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc238/mc238.asp ACESSO EM 26/09/2009
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1663&cd_idioma=28555 ACESSO EM 26/09/2009
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/AfonEdRe.html ACESSO EM 26/09/2009
www.rioquepassou.com.br/andredecourt/wp-conte. ACESSO EM 26/09/2009
http://www.arquibacana.com.br/ ACESSO EM 26/09/2009
UNERJ – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUA DO SUL
ARQUITETURA E URBANISMO – FASE 6
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARTE DA ARQUITETURA E DA CIDADE IV
PROFESSORA: DANIELA PAREJA GARCIA
ARQUITETURA E URBANISMO – FASE 6
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARTE DA ARQUITETURA E DA CIDADE IV
PROFESSORA: DANIELA PAREJA GARCIA
ACADÊMICOS: JAIR LOPES
MAICON ROBERTO SCHMIDT
MAICON ROBERTO SCHMIDT
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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