Foi um dos maiores paisagistas do nosso século. Artista de múltiplas artes. Foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de jóias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a sua obra.
Como outros modernos, alimentou-se das vanguardas européias, em particular do repertório de curvas de pintores abstratos, marca de seus trabalhos mais conhecidos.
Procurou imprimir em seus jardins certo caráter brasileiro, "como Tarsila do Amaral na pintura e Villa-Lobos na música“.
Considerado por inúmeros críticos e historiadores dedicados ao paisagismo como o pioneiro dos jardins modernos.
Aprendeu com a mãe a gostar de música e de plantas, e com o pai a apreciar as artes. Creditava à sua mãe o amor às plantas e a lição de que "a arte deve ser vivida".
Foi bem o que ele fez. Foi amigo de infância - e por toda a vida - de Lúcio Costa. Estudou com Oscar Niemeyer e Hélio Uchoa. Foi aluno de Leo Putz e Portinari.
“Sem compreender as necessidades de uma cidade e, principalmente sem compreender as funções das áreas verdes, o paisagista não poderá realizar jardins”.
“O jardim é uma natureza organizada pelo homem e para o homem”.
“Jardim é ordem. É impulso ordenado. Deve ser obra de arte, onde as convergências de intenções plásticas se transformam em um todo no qual até mesmo as mutações e instabilidades valorizam todas as partes..."
“Gostaria que os que viessem depois de mim, pudessem ao menos ver alguma coisa que lembrasse o país fabuloso que é o Brasil, do ponto de vista botânico, dono da flora mais rica do mundo”.
Mãe: Cecília BURLE (pernambucana)
Pai: Wilhelm MARX (judeu alemão)
ROBERTO BURLE MARX - Nasce em 4 de agosto de 1909. (São Paulo)(Av. Paulista - Vila Fortunata)
1913_ Passa a residir no Rio de Janeiro.
1914_ A família mudou-se para o Leme, no Rio, e dessa mudança o pequeno Burle Marx guardou a imagem da mãe transplantando roseiras de uma cidade a outra. Tal cultivo Burle Marx mais tarde iria combater, em favor de espécies da flora brasileira. Dizia que não se pode esperar que uma rosa repita nos trópicos o desempenho que lhe é natural em clima temperado.
1932_ Passa a dedicar-se ao paisagismo, paralelamente à pintura e ao desenho. Primeiro projeto de paisagismo para a residência da família Schwartz no Rio de Janeiro.
1934_ Assume a Diretoria de Parques e Jardins do Recife, projeta praças e jardins públicos.
1937_ Cria o primeiro Parque Ecológico do Recife.
1940– Projeto de Pampulha
Parque de Araxá, MG.
1943 _ Igreja São Francisco de Assis - Belo Horizonte, MG
1945 – Projeto do Largo do Machado no Rio de Janeiro.
1949 – Com a compra de um sítio de
1950 – (década) Eixo monumental de Brasília.
1953 - Projeta os Jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro.
Projeta o Jardim do Aeroporto da Pampulha,
1954 - Realiza o projeto paisagístico para o Parque Ibirapuera,
1955 - Projeta o paisagismo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ.
Projeto da Praia de Botafogo no Rio de Janeiro (1955)
Fundou a firma BURLE MARX & CIA LTDA., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo, fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos.
1958 – Projeto Eixo monumental de Brasília.
1959 – Projeto do Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.
1961 _ Projeta o paisagismo para o Eixo Monumental de Brasília.
Paisagismo do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Burle Marx e Haruyoshi Ono
1968 _ Projeta o paisagismo da Embaixada do Brasil em Washington (Estados Unidos).
1970 _ Projeta o paisagismo do Palácio Karnak, sede oficial do Governo do Piauí.
Projeto de revitalização do calçadão de Ipanema.
Em 1985, o Sítio de Roberto Burle Marx foi doado, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
O local passou a ser o depositário das espécies que Burle Marx coletava em excursões pelo Brasil e pelo mundo, em sua incansável pesquisa de novas espécies e combinações. Pouco a pouco foi organizando os jardins, que hoje ocupam 160 mil metros quadrados do total.
O sítio tem 51% de espécies nativas e 49% de exóticas, pois Burle Marx não tinha preconceito quanto à origem das plantas. Mas dava prioridade para a flora da latitude tropical.
Roberto Burle Marx faleceu no dia 4 de junho de 1994, no Rio de Janeiro, aos 84 anos.
1991_ Reconhecido internacionalmente, Burle Marx teve a primeira exposição dedicada a paisagismo da história do Museu de Arte Moderna de Nova York.
Sitio de Santo Antonio da Bica
SÍTIO ROBERTO BURLE MARX
O grande sonho de Burle Marx vira realidade. O sítio foi rebatizado com o seu nome e atualmente recebe visitantes do Brasil e de diversos outros países interessados em conhecer melhor a obra e paixões de Burle Marx. Este espaço que abriga a alma do artista, salvou da condenação e do extermínio várias espécies da botânica brasileira.
CALÇADÃO DE IPANEMA
No Brasil, ele é popularmente conhecido como o autor das famosas ondas do calçadão de Copacabana. Uma calçada toda formada por pedras brancas e negras, que serpenteiam em curvas sinuosas por 4km acompanhando toda a orla da praia.
As curvas das pedras de Copacabana só ganhariam os contornos mais delineados a partir de 1970, com o aumento da faixa de areia, o alargamento das pistas da orla e o trabalho do paisagista, artista plástico e mosaicista Roberto Burle Marx.
PRIMEIRA OBRA
Jardim do Prédio do Ministério da Educação e Saúde (1938) atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, um marco da arquitetura moderna no país. (MEC)
Marco dos novos tempos, o jardim contém ”espaços contemplativos e de estar”, com formas sinuosas repletas de vegetação carioca. Arte abstrata, construtivismo e concretismo sempre estiveram presentes nas plantas baixas de seus projetos.
Jardim do Palácio Gustavo Capanema
ATERRO DO FLAMENGO
Parque do Ibirapuera,
Edificio Petrobrás - RJ
Igreja São Francisco de Assis (1943)
Belo Horizonte, MG
Mosaico original de Burle Marx Palácio do Itamaraty
AUTORES: MARISTELA WEGNER CORDEIRO
STEPHANIE BEFFART
Nas obras de Burle Marx fica clara a preocupação do artista diante das necessidades do local e também dos indivíduos que irão usufruir este espaço.
ResponderExcluirCom certeza Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do nosso século, seu interesse pela variedade de espécies, formas e cores das plantas brasileiras nos faz pensar o quanto é importante valorizar nossa Flora.
ResponderExcluirAtravés das obras de Burle Marx podemos perceber como é importante valorizar a paisagem ao nosso redor. Como ele coloca “O jardim é uma natureza organizada pelo homem e para o homem”. Então nada melhor do que projetá-lo da melhor forma possível.
ResponderExcluirBurle Marx foi um grande paisagista, que soube fazer de sua paixão, obras de arte. Valorizando edificações e complementando obras.
ResponderExcluirO que me encanta nos trabalhos de Burle Marx é a capacidade de composição que ele consegue. Não é fácil trabalhar nesta escala.
ResponderExcluirBurle Marx foi um grande paisagista, e na minha opinião os arquitetos hoje conseguem muito bem resolver uma obra (casa/edifício), mas deixam o paisagismo de lado, as vezes em segundo plano ou nem pensam nele. O paisagismo não só enriquece a obra como um todo como, mas traz uma sensação de conforto e beleza, faltam Burle Marx em todo mundo.
ResponderExcluirA evidência do paisagismo, bem como sua organização, para a obra, fazem de Burle Marx outra referência neste contexto. O paisagismo, onde muitas vezes fica em segundo plano, para este arquiteto, sua importância, se dá pelo fato de levar ao usuário, sensações naturais, além do sentimento de vida, gerado pelas plantas e vegetação. Assim, a organização do espaço, aliada a edificação em construção volumétrica ganham mais vitalidade com o paisagismo, ou seja, cada qual complementa ao outro.
ResponderExcluirBurle Marx
ResponderExcluirO interessante de suas obras é a variedade de espécies, formas e cores das plantas brasileiras e a maneira especial de estuda-las desde muito cedo, buscando entender seu cultivo, enxertia, hábitos e reprodução de cada espécie. Também me surpreende a forma como transforma um ambiente em um local mais agradável, com suas formas orgânicas.
Gostaria muito de conhecer o sítio Roberto Burle Marx ainda em tempo acadêmico.
Burle Marx revolucionou o paisagismo brasileiro.
ResponderExcluirAo implantar o uso de vegetção nativa em seus projetos ele eleva o paisagismo nacional a outro patamar, e graças a ele o paisagismo brasileiro tem o reconhecimento internacional, na verdade ele faz o que os modernistas fizeram nas casas, nos jardins.
Concordo com a Jaslana. A composição que o Burle Marx consegue obter através do seu trabalho é incrível. É vísível o valor que ele dá a paisagem e ao entorno.
ResponderExcluirBurle Marx ao utilizar formas orgânicas dá vida aos espaços que projeta, um exemplo é o calçadão de Copacabana.
ResponderExcluirA utilização de espécies brasileiras, em seus jardins, valoriza a cultura local, integrando de forma harmoniosa com o entorno.
o paisagismo de Burle Marx intervem com o movimento da cidade e suas construções anexadas tornando-as unicas assim valorizando seus ambientes
ResponderExcluirBurle Marx é um grande paisagista, ele da muita importância ao jardim, algo que alguns arquitetos ignoram, e a flora brasileira. A pintura influenciou na criação de seus jardins, assim utilizando em seu paisagismo formas sinuosas e linhas retas.
ResponderExcluirCom essa preocupação em preservar o ambiente, a flora brasileira, ele usa muito plantas nativas do Brasil em seus projetos paisagísticos.
Mesmo sem ter uma educação formal em arquitetura paisagística, o aprendizado de Burle Marx na pintura influenciou a criação de seus jardins.costuma se dizer que seus jardins possuiam molduras com os quadros que ele pintava.
ResponderExcluirBurle Marx consegue com facilidade integrar arquitetura e paisagismo utilizando como artifício a arte abstrata, o construtivismo e concretismo, sempre presentes nas plantas baixas de seus projetos.
ResponderExcluirUma de suas intervenções que me chama atenção e o jardim do Palácio Gustavo Capanema de Lucio Costa, percebe-se nitidamente o cuidado que ele tem ao projetar, estendendo o desenho do mobiliário para o jardim dando continuidade ao espaço e harmonizando os ambientes.
Ao analisar uma obra de Burle Marx fica nítido seu amor pela plantas e o quanto seu abrangente interesse em várias formas de expressão artística influenciam em suas composições paisagísticas.
Por favor,alguém pode me responder por que ele se interessou pela flora brasileira?
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